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  • Foto do escritorLuo Pan

O tempo, o calendário e a vida.

Texto por Renata Teixeira


Tempo... A grande preciosidade que permeia a existência humana.

Ao pesquisar a história da humanidade encontramos logo nos primeiros registros históricos a criação de calendários como ferramentas de organização da vida na Terra, dentre eles o calendário chinês é o mais antigo calendário ainda em uso. Conhecido como Ganzhi, o calendário chinês é composto por informações complexas que abordam critérios numéricos, lunares e solares. Diferente de nós ocidentais, os chineses medem o tempo de acordo com ciclos de 60 anos e cada ciclo é dividido em “5 Grandes Anos”, que são cada um composto por 12 anos. Cada um desses 12 anos é nomeado de acordo com caracteres chamados pelos chineses de “Ramos Terrestres” ou também “Braços”, comumente conhecidos por nós como “os 12 Animais do Zodíaco Chinês”.



As diferenças na contagem do tempo entre o sistema chinês e o ocidental começam já na duração período do ano. O ano ocidental é fixo com 365 dias de acordo com o tempo que a Terra demora em dar uma volta em torno do nosso Astro Rei, o Sol. Já o calendário chinês é lunar e toma como marcador a Lua Nova. Considerando que cada “lunação” leva 29 dias e meio para se completar percebemos que os anos chineses são menores que os ocidentais, e por isso um mês é inserido em determinados anos para “balancear” o calendário, para deixá-lo de acordo com céu.


Além disso, existem também as informações relacionadas ao Sol, a parte solar do calendário chinês. O ano solar é fixado nas 4 trocas de estações (Primavera, Verão, Outono e Inverno), portanto nos dois solstícios e nos dois equinócios. Os meses chineses não tem nome específico como acontece em nosso calendário, eles são chamados pela ordem cronológica: primeiro, segundo terceiro e assim por diante.


O sistema de contagem do tempo é muito antigo na China, ele faz a interação das forças celestes, das 28 Constelações ou mansões e dos doze nomes de animais que posteriormente foram escolhidos para denominar os meses no calendário. Desde as épocas mais remotas o tempo era dividido em seis ciclos de seis anos que eram chamados de “Ramos Terrestres”. No início os Ramos Terrestres eram representados por ideogramas chineses numa linguagem mais científica, conhecida pelos sábios estudiosos do assunto, mais tarde foram “traduzidos” e ficaram conhecidos como os 12 Bichos (6 animais domésticos e 6 selvagens). São Eles*:

1- o Rato, sagaz senhor dos subterrâneos

2- o Búfalo, bem enraizado na terra e pé no chão

3- o Tigre, senhor das selvas, da movimentação e da visualização

4- o Coelho, prudente, no fundo da sua toca

5- o Dragão, majestoso emblema do imperador

6- a Serpente, ondulante em sabedoria e vivacidade

7- o Cavalo, fogoso, ardente e independente

8- a Cabra, apaixonada pelas nuvens

9- o Macaco, ágil como o vento do oeste fantasioso

10- o Galo, franco e voluntarioso

11- o Cachorro, fiel, inquieto e vigilante

12- o Javali, sensual e tolerante

*do Livro Bichos da China – Alayde Mutzenbecher e Jacy Turner

Pelo ciclo de contagem chamado “Ciclo de Sessenta” cada animal, ou Ramo Terrestre é atribuído a um ano e combinado com um dos “Troncos Celestes” que, de forma simplificada, são determinados pelo Ciclo dos 5 Elementos. Essa combinação forma o que conhecemos por “Binômio”. Enquanto o calendário ocidental marca apenas o tempo, o calendário chinês traz informações sobre o ciclo dos 60 Binômios ou 60 Dragões (Ramo Terrestre + Elemento). Ao estudarmos e nos aprofundarmos nas ciências-arte chinesas, e aqui falando mais especificamente da cosmologia e astrologia chinesas, começamos a desenvolver um novo olhar para a nossa existência. Com a análise e interpretações dos textos e das informações oferecidas pelos 60 Binômios do calendário chinês, por exemplo, é possível compreender muito da estrutura dos sistemas vivos da Terra, principalmente a vida humana, pois tratam da essência da matéria e das sutilezas das energias invisíveis aos olhos. As informações que o estudo e a interpretação dos Binômios no calendário chinês vão muito além da simples contagem do tempo, elas nos contam sobre a constituição energética vibracional de cada fração de tempo. Portanto, podemos saber sobre as mutações das frequências vibracionais de um dia, de um mês, de um ano, etc. e dessa forma podemos nos orientar quanto a melhor forma de aproveitar todo o potencial de cada momento.


O calendário chinês e todo o sistema de estudos da cosmologia chinesa que deu origem ao que conhecemos hoje como Astrologia Chinesa nos proporciona a oportunidade de nos abrirmos para a nossa essência enquanto seres vibracionais e para sentirmos os fluxos de cada momento e sentirmos como o nosso corpo físico e todos os nossos outros corpos respondem a eles ou interagem com eles. E o que é a nossa vida se não uma sequência de momentos em que estamos navegando os mares de átomos que nos rodeiam e que nós somos afinal?


A preciosidade do tempo está em vivermos intensamente cada segundo com integridade e presença, independentemente de qualificações simplistas de “bom ou ruim”. A preciosidade está em saber que cada momento existe em si uma única vez e nunca mais com todo o teor que carrega em si, nos levando sempre para um tom a mais na espiral infinita da existência.



Renata Teixeira é mentora, consultora e terapeuta integrativa há mais de 15 anos, com uma formação ampla que vai da Administração de Empresas, Massoterapia Chinesa, às terapias de ambientes em que é especializada, até a Programação Neurolinguística e a Constelação Sistêmica Familiar. É cofundadora da Luo Pan Artes e Ciências Orientais e criadora do curso de Formação em Feng Shui Clássico Chinês e Astrologia Chinesa Luo Pan. Atualmente, além de realizar atendimentos individuais e Mentorias em Processos de Desenvolvimento Pessoal e Organizacional, atua como Produtora na organização de viagens guiadas e eventos ligados ao autoconhecimento em parceria com colegas terapeutas.


Renata Teixeira – Atendimentos Individuais - Mentorias - Vivências e Viagens Guiadas

41 9 9116-9245 (whatsapp)


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